O cultivo da salsa teve início há mais de 2000 anos, na região mediterrânea, para fins medicinais. Mais tarde começou a ser apreciado como tempero.
Na antiguidade, os gregos utilizavam este alimento não só como um símbolo sagrado, para decorar túmulos, mas também como prémio para os vencedores de competições atléticas.
A civilização Romana foi a primeira a incluir a salsa na alimentação humana. Pensa-se que o seu consumo regular, enquanto condimento, teve lugar na Idade Média na Europa.
A salsa é uma erva aromática muito apreciada em todo o mundo. Na culinária é utilizada tanto para temperar como para decorar pratos.
Mas um raminho de salsa representa muito mais do que uma solução para belas decorações de pratos. Este condimento contém enumeras propriedades nutricionais que podem ser benéficas para a saúde.
Informação nutricional
A salsa apresenta um valor energético muito baixo. É constituída maioritariamente por água. O teor em hidratos de carbono, proteínas e gordura é também baixo. Ainda é de destacar o elevado teor em vitaminas A e C e ácido fólico.
Tabela de composição nutricional (100g de porção edível)
Salsa crua | |
Energia (kcal) | 14 |
Água (g) | 91,7 |
Proteína (g) | 3,1 |
Gordura (g) | 0 |
Hidratos de carbono (g) | 0,4 |
Ácido fólico (µg) | 167 |
Vitamina A (µg) | 558 |
Vitamina C (mg) | 220 |
mg = miligramas. Porção Edível = diz respeito ao peso do alimento que é consumido depois de rejeitados todos os desperdícios.
Fonte: Porto A, Oliveira L. Tabela da Composição de Alimentos. Lisboa: Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. 2006.
Vantagens
A salsa é rica em flavonóides que se destacam pelas suas propriedades antioxidantes. Os alimentos antioxidantes ajudam a retardar o envelhecimento celular.
Os óleos voláteis, presentes na salsa, e os flavonóides são boas fontes de vitamina A(pró-vitamina A, carotenoide e beta-caroteno), B e C .
O beta-caroteno é um importante antioxidante lipossolúvel. Após ingestão, é convertido em vitamina A, que apresenta um papel essencial na manutenção do sistema imunitário.
A vitamina C é um antioxidante hidrossolúvel, que apresenta características anti-inflamatórias e favorece a função do sistema imunitário, prevenindo constipações e alergias.
A salsa é ainda rica em ácido fólico. Esta vitamina do complexo B, representa vários papéis no organismo, destes destacam-se a conversão de homocisteína em moléculas benignas. Vários estudos indicam que níveis elevados de homocisteína no sangue estão associados ao aumento do risco de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral em indivíduos com diabetes mellitus ou aterosclerose. Ingerir alimentos ricos em ácido fólico, como a salsa, pode ajudar a prevenir estas patologias. O ácido fólico está também envolvido na divisão celular, pelo que a sua presença assídua na alimentação pode prevenir certos tipos de cancro.
Curiosidade: Para tirar o cheiro a alho das mãos basta friccionar com um raminho de salsa!
Como comprar e conservar
A salsa pode ser encontrada durante todo o ano no supermercado. Escolha, sempre que possível, salsa fresca com aspecto fresco e cor verde escura. Evite ramos murchos e amarelados, com marcas de picadas de insectos. A salsa fresca deve ser acondicionada em sacos de plástico e armazenados no frigorífico, evitando tempos de armazenamento demasiado longos, pois pode deteriorá-la. Se a salsa se apresentar ligeiramente murcha, pode borrifá-la com um pouco de água ou lavá-la sem que seque completamente. Quando não utilizar toda a salsa, depois de lavada e seca pode congelá-la e, desta forma, consegue conservá-la por mais tempo sem verificar alterações organolépticas. Neste caso, coloque sempre uma etiqueta na embalagem que indique a data de congelação e o nome do produto. A salsa congelada mantém as suas características cerca de 6 meses.
As nossas sugestões no Cozinhar é Fácil
Cozido magro
Surpresa de couve lombarda
Sopa de frango com esparguete
Sem comentários:
Enviar um comentário