domingo, 31 de maio de 2009

Necessidades nutricionais das crianças



A criança deverá seguir uma alimentação saudável para garantir um pleno desenvolvimento. Desta forma, precisam de satisfazer as necessidades de energia, proteínas, hidratos de carbono, lípidos, água, vitaminas e minerais.

Veja as funções e as fontes dos nutrientes na seguinte tabela:

Nutriente

Função

Fontes

Proteínas

Ajudam a desenvolver músculos, ossos, pele, etc.

Carne e peixe, ovos, produtos lácteos leguminosas e cereais

Hidratos de carbono

Fornecem combustível para os músculos e o cérebro

Cereais (arroz, massas, pão, cereais de pequeno almoço...), batatas e leguminosas

Lípidos

Forma reservas de energia

Azeite e óleos alimentares, manteiga, margarina, queijos, carne e peixe

Água

Hidrata o corpo

Bebidas, fruta e hortícolas

Vitaminas

Com funções muito diversas:

Assegurar o funcionamento adequado do organismo

Melhora as defesas

Ajuda na produção de energia

Fruta, hortícolas e produtos lácteos

Minerais

Com funções muito diversas, ajudando no funcionamento e defesa do organismo

Fruta, hortícolas, produtos lácteos, ovos, carne e peixe

Alguns nutrientes devem ser ingeridos em quantidades superiores pelas crianças. No caso do cálcio, por exemplo, recomenda-se uma ingestão superior, o que se traduz no consumo de 3 porções de lacticínios em vez das 2 porções para a população geral. Para melhor compreender como estas necessidades específicas se traduzem em alimentos, consulte a nossa secção da nova Roda dos Alimentos.

Fonte: Nestlé

sábado, 30 de maio de 2009

Diabetes




O que é a Diabetes?

A Diabetes é uma grave condição de saúde que atinge de 150 milhões de pessoas em todo o Mundo e estima-se que este número duplique no ano 2025.

A Diabetes mellitus caracteriza-se por uma produção de insulina ausente ou insuficiente ou, ainda, por uma resistência do organismo à sua acção. A insulina produzida no pâncreas é responsável pelo metabolismo dos nutrientes, em particular do açúcar (glicose). A insulina promove o transporte da glicose presente na circulação sanguínea para o interior das células para que seja utilizada. Assim, sem a acção da insulina a glicose permanece na corrente sanguínea em altos níveis (hiperglicemia).

A adopção de um estilo de vida saudável é a forma mais eficaz quer na prevenção quer no tratamento da Diabetes. Tenha uma alimentação equilibrada e pratique exercício físico regularmente.



Tipos de Diabetes

Existem 3 tipos de Diabetes: Tipo 1, Tipo 2 e Diabetes Gestacional.

Diabetes tipo 1

A Diabetes tipo 1 é a menos comum, representando cerca de 10% dos casos. Desenvolve-se maioritariamente em crianças ou jovens, mas pode também aparecer em adultos e até em idosos. Devido a causas ainda pouco esclarecidas, o organismo destrói as próprias células do pâncreas produtoras de insulina. Como não produzem insulina, estes diabéticos seguem um plano diário de injecções de insulina para controlar os níveis de açúcar do sangue (glicemia).

Diabetes tipo 2

A Diabetes tipo 2 é a mais comum e representa cerca de 90% da população mundial de diabéticos. Ocorre normalmente em pessoas com mais de 40 anos e está mais associada a indivíduos com excesso de peso. Apesar do pâncreas produzir insulina, o organismo é incapaz de reagir à sua acção (insulino-resistência). Isto obriga o pâncreas a um esforço maior até que a capacidade de produção é ultrapassada e surge a Diabetes.

O tratamento passa pela adopção de um estilo de vida saudável. Além disso, poderá haver a necessidade de recorrer à medicação com anti-diabéticos orais e, se necessário, a injecções de insulina.

Diabetes Gestacional

A alteração do estado hormonal durante a gravidez pode provocar uma resistência à insulina, situação que atinge cerca de 2% das grávidas. A grávida necessita de cuidados especiais mas, geralmente, esta condição resolve-se por si depois do nascimento. Contudo, sofrer de Diabetes gestacional durante a gravidez aumenta o risco de sofrer de Diabetes Tipo 2 mais tarde.



Saiba como prevenir-se

Conheça os principais factores que poderão aumentar o risco de sofrer de Diabetes:

  • Ter familiares próximos com Diabetes
  • Excesso de peso ou obesidade, especialmente na zona abdominal
  • Tensão arterial elevada
  • Níveis elevados de colesterol no sangue
  • Estilo de vida sedentário



    Conheça os sintomas

    Os principais sintomas da Diabetes são:

    • Urinar frequentemente e em grande quantidade – Poliúria
    • Sede constante – Polidípsia
    • Fome constante e difícil de saciar - Polifagia
    • Perda de peso acentuada
    • Sensação de boca seca – Xerostomia
    • Fadiga
    • Comichão (prurido) no corpo
    • Visão turva

    No caso da Diabetes tipo 2, é habitual não ocorrerem sintomas e a Diabetes não é diagnosticada. Esta condição pode evoluir e o diagnóstico é feito numa fase avançada, quando a glicemia é já bastante elevada e tendo já provocado alguns danos.

    Estes ou outros sintomas terão que ser avaliados pelo seu médico para comprovar o diagnóstico, nomeadamente através da medição da glicemia.



    Possíveis complicações

    A hiperglicemia pode provocar alterações hormonais e nas células, que danificam os vasos sanguíneos e/ou os nervos. Os vasos sanguíneos danificados aumentam o risco de sofrer dedoença cardiovascular. Além disso, os danos nos vasos sanguíneos mais pequenos podem provocar problemas de visão (retinopatia), nos rins (nefropatia) e nos nervos (neuropatia).

    “pé diabético” é um problema de saúde comum na Diabetes, quando a glicemia não é controlada. É provocado por danos nos vasos sanguíneos e nervos, levando a danos graves nos pés.

    Uma alimentação saudável e a prática regular de exercício físico ajuda a controlar a glicemia e pode atenuar ou mesmo prevenir o aparecimento dos problemas de saúde associados à Diabetes. A utilização de um calçado adequado é também aconselhada para prevenir o “pé diabético”. Consulte o seu médico para estabelecer uma estratégia de tratamento adequada ao seu caso.



    Atenção à glicemia

    Manter a glicemia dentro dos valores recomendados é a forma mais eficaz de prevenir complicações associadas à Diabetes.

    A Associação Americana de Diabetes recomenda que a hemoglobina A1c (HbA1c) seja inferior a 7 %. A HbA1c indica como a glicemia se tem mantido ao longo de 2 a 3 meses. Quanto mais baixa for a HbA1c menor será o risco de complicações.

    A glicemia pode baixar para níveis demasiado baixos (hipoglicemia) se:

    • o tratamento com medicação ou insulina não for adequado
    • estiver em jejum durante demasiado tempo
    • ingerir bebidas alcoólicas em excesso.

    Nestes casos, poderá sentir fraqueza e tonturas, ficar pálido e com visão turva. Deverá consumir alguns alimentos, nomeadamente 1 pacote de açúcar ou uma bebida açucarada seguido de um pequeno lanche. Informe o seu médico para que possam delinear um plano de tratamento mais adaptado às suas necessidades.



    Não existe nenhuma dieta especial para a Diabetes! O diabético deve seguir uma alimentação saudável, em tudo semelhante à recomendada para a restante população. Siga os nossos conselhos que o ajudam a manter uma glicemia estável, a prevenir ou atenuar as complicações associadas à Diabetes:

    Mantenha um peso saudável. O excesso de peso agrava as complicações associadas à Diabetes.

    Distribua as refeições ao longo do dia e não salte refeições. Para manter a glicemia estável, faça pelo menos 5 refeições diárias e não fique muito tempo sem comer.

    Pratique exercício físico regularmente, porque melhora a acção da insulina e manter um peso saudável.

    Limite o consumo de açúcar. Diminua a quantidade de açúcar adicionado e o consumo de alimentos ricos em açúcar, como os produtos de pastelaria, geleia, refrigerantes, etc.

    Não elimine os hidratos de carbono da alimentação, mas prefira os alimentos ricos em amido, como a batata, arroz, massa, pão e cereais integrais. Estes hidratos de carbono têm uma libertação de energia gradual, o que evita picos de glicemia.

    Escolha alimentos ricos em fibra, como hortícolas, fruta e cereais pouco refinados ou integrais, como pão escuro, arroz integral, etc.

    Consuma 6-10 porções de frutas e hortícolas. Contêm fibra e micronutrientes benéficos ao organismo. Veja aqui mais informação.

    Limite o consumo de gordura. Privilegie o consumo de peixe, carnes magras ou de aves e lacticínios meio-gordos ou magros.

    Modere o consumo de sal (<>

    Esteja atento ao rótulo dos produtos. Analise a composição nutricional dos alimentos e faça uma escolha acertada.


    O nutricionista responde...

    Os diabéticos não deve comer alimentos ricos em hidratos de carbono?

    Falso. Abster-se do consumo de alimentos ricos em hidratos de carbono é prejudicial ao controlo da glicemia. Estes alimentos são componentes essenciais de uma alimentação saudável, visto serem fonte de energia para o organismo e conterem outros nutrientes importante, como as fibras alimentares, vitaminas e minerais.

    Ter uma alimentação rica em açúcar causa Diabetes?

    A investigação científica ainda não estabeleceu uma relação directa entre o consumo excessivo de açúcar e a Diabetes. No entanto, estes hábitos alimentares potenciam um excesso de peso e obesidade, que é o factor mais determinante da Diabetes tipo 2. De acordo com as actuais recomendações, o diabético deve moderar o consumo de produtos açucarados, mas não necessita de se abster por completo.

    A Diabetes tipo 2 é uma forma menos perigosa da doença do que a Diabetes tipo 1?

    Falso. Esta diferenciação baseia-se no mecanismo de desenvolvimento da doença e não na sua gravidade. O facto de ser obrigatório o tratamento com insulina no caso da Diabetes tipo 1, pode induzir a ideia errada de que é uma forma mais grave. No entanto, a Diabetes tipo 2 pode ser igualmente grave quando não é tratada convenientemente.

    A Diabetes tipo 1 desenvolve-se somente em crianças e jovens e a Diabetes tipo 2 é exclusiva dos adultos?

    Falso. Apesar de ser este o cenário mais provável, nem sempre se desenvolve desta forma. De facto, existem crianças e jovens com Diabetes tipo 2 e adultos com Diabetes tipo 1.

    A insulina causa habituação?

    Falso. Habitualmente, a insulina é injectada no tecido por debaixo da pele (tecido subcutâneo) da barriga, coxas ou braços. O diabético tipo 1 depende da insulina, não pelo efeito da habituação, mas para controlar a glicemia porque o seu organismo não produz insulina. No caso da Diabetes tipo 2, pode também haver a necessidade de recorrer ao tratamento com insulina, que poderá ser interrompido e retomado o tratamento com antidiabéticos orais, se o médico assim entender.

    A Diabetes é contagiosa?

    Falso. Apesar dos mecanismos exactos pelos quais a doença se desenvolve estarem ainda por esclarecer completamente, sabe-se que não é contagiosa. Veja aqui quais são os factores de risco.

    Os diabéticos não devem praticar exercício físico?

    Falso. Existem inúmeros atletas de alta competição diabéticos. Não há razão nenhuma para que não possa praticar exercício físico, se tiver alguns cuidados no controlo da glicemia. Deverá fazer um pequeno lanche antes do exercício e, se estiver a ser tratado com insulina, poderá ter que reduzir a dose. Discuta a prática de exercício físico com o seu médico.

    Os diabéticos devem escolher produtos específicos para diabéticos?

    A alimentação recomendada para os diabéticos é semelhante à recomendada para a restante população. Habitualmente, os produtos para diabéticos não oferecem benefícios adicionais, visto que a sua relação custo/benefício é desfavorável ao consumidor.

    É possível sentir os efeitos das alterações da glicemia?

    Com o tempo, poderá aprender a reconhecer alguns sintomas da hipo- e hiperglicemia. No entanto, não é possível ter uma percepção precisa, por isso é fundamental fazer testes de glicemia regularmente ao longo do dia.

    Os diabéticos não podem ingerir bebidas com álcool?

    Falso. Tendo um controlo adequado da glicemia, poderão beber um pouco de cerveja ou vinho acompanhando a refeição. Informe o nutricionista, de forma a delinearem um plano que inclua as bebidas alcoólicas na sua alimentação.


    Fonte: Nestlé

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Doenças Cardiovasculares




As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte em Portugal e resultam em grande medida de comportamentos que podemos controlar. Uma alimentação adequada e a prática regular de actividade física, integradas num estilo de vida saudável, são essenciais para manter uma boa saúde cardiovascular.

O que é a DCV?

A DCV é essencialmente um estreitamento das artérias do coração e/ou cérebro, dificultando a circulação sanguínea. Assim, o fornecimento de oxigénio pode ser insuficiente, sendo responsável pelo mau funcionamento destes órgãos. Pode manifestar-se como um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral (AVC).

Fases da DCV:

  1. Níveis elevados de “mau colesterol”
  2. Formação e inflamação da placa aterosclerótica
  3. Oclusão do vaso sanguíneo

Fase 1

O colesterol é transportado, no sangue, associado a proteínas denominadas lipoproteínas. O “mau colesterol”, é transportado associado à Lipoproteína de Baixa Densidade (LDL). Quando os níveis de LDL-colesterol são elevados, estas partículas podem sofrer oxidação e depositar-se nas paredes danificadas das artérias endurecendo-as, processo responsável pela aterosclerose.

À medida que as paredes endurecem perdem a capacidade de responder a alterações de volume do sangue e começa a desenvolver-se a hipertensão arterial (tensão alta).

Fase 2

O desenvolvimento da placa aterosclerótica provoca uma reacção do sistema imunitário, que apesar de combater a inflamação da placa, aumenta o tamanho da mesma e obstrui ainda mais o vaso sanguíneo.

Fase 3

Como o vaso sanguíneo está danificado, as plaquetas do sangue coagulam em resposta à inflamação. Contudo, a presença da placa aterosclerótica faz com que as plaquetas se agreguem e formem coágulos (ou trombos). Estes coágulos podem causar oclusão completa de vasos e provocar ataques cardíacos ou tromboses.


Bom e mau colesterol

  • Lipoproteína de baixa densidade (LDL), conhecido por “mau colesterol”, transporta o colesterol absorvido no intestino na corrente sanguínea.

  • Lipoproteína de elevada densidade (HDL), conhecido por “bom colesterol”, transporta o colesterol dos tecidos para o fígado onde pode ser eliminado. Desta forma, diminui os níveis de colesterol presente em circulação e previne a DCV.



    Existem factores não modificáveis contra os quais nada pode fazer, que são:

    • História familiar – o risco aumenta quando um dos pais ou irmãos apresentouaterosclerose precoce
    • Idade – o risco aumenta com a idade
    • Sexo – o sexo masculino tem risco maior que o sexo feminino

    No entanto, outros factores de risco dependem do seu estilo de vida, pelo que poderá ter um papel activo na prevenção, por exemplo:

    • Níveis elevados de colesterol no sangue, principalmente o “mau colesterol”
    • Hipertensão arterial
    • Excesso de peso
    • Diabetes
    • Sedentarismo
    • Tabagismo
    • Alcoolismo
    • Stress

    A saúde do seu coração está nas suas mãos!

    Tabaco

    O fumo do tabaco contém inúmeras substâncias que danificam os seus pulmões, vasos sanguíneos e coração. Fumar aumenta o risco de sofrer de várias doenças, nomeadamente DCV e cancro. Tenha em atenção que inalar o fumo de outros fumadores é tão prejudicial como fumar.

    Má alimentação

    Neste caso, os principais aspectos de uma má alimentação são:

    • Consumo excessivo de calorias (comer demais ou de forma desequilibrada)
    • Excesso de gordura, açúcar e sal
    • Consumo insuficiente de frutas e hortícolas e outros alimentos ricos em fibra

    Uma alimentação desequilibrada poderá levá-lo a ficar com excesso de peso ou mesmo obeso. Isto, juntamente com o consumo excessivo de gordura, açúcar e sal, pode levar a sofrer de diabetes, hipertensão arterial e hiperlipidemia, que aumentam o risco de sofrer de DCV. Um consumo adequado de frutas e hortícolas poderá protegê-lo contra a DCV.

    Sedentarismo

    Pratique actividade física regularmente porque ajuda a prevenir a DCVjá que:

    • Ajuda a manter um peso saudável
    • Baixa a tensão arterial
    • Reduz o stress
    • Fortalece o coração e os ossos
    • Melhora a circulação sanguínea

    Não precisa de fazer um esforço intenso no ginásio, basta caminhar ou fazer tarefas domésticas durante 30 minutos por dia.

    Consequências de estilos de vida errados

    Hipertensão arterial

    A tensão arterial elevada (hipertensão) é um dos maiores factores de risco da DCV. Isto obriga o coração a fazer um esforço maior que com o passar do tempo o enfraquece.

    Hiperlipidemia

    Quando a gordura do sangue, nomeadamente o colesterol e os triglicerídeos, estão em excesso podem formar depósitos nas paredes das artérias e obstruir a circulação de sangue, o que aumenta o risco de DCV.

    Diabetes

    A diabetes caracteriza-se por níveis elevados de açúcar no sangue. Isto potencia a formação de lesões ateroscleróticas e, por conseguinte, aumenta o risco de DCV.


    10 conselhos para cuidar do seu coração

    Tenha um papel activo na saúde do seu coração. Siga os nossos conselhos para uma vida melhor:

    1. Reduza o consumo de sal

    Muitos dos alimentos que consome têm grandes quantidades de sal. Este é o caso dos alimentos processados, nomeadamente enlatados e produtos de charcutaria, a fast-food, as batatas fritas, entre outros. Procure não consumir mais de 5 g/dia ou uma colher de chá de sal por dia. Recorra às ervas aromáticas para temperar.

    2. Consuma 6 a 10 porções de frutas e hortícolas por dia

    As frutas e os hortícolas são ricos em vitaminas, minerais, fibra e fitoquímicos que ajudam a baixar os níveis de colesterol do sangue, a melhorar a tensão arterial e a proteger os tecidos das agressões.

    3. Modere o consumo de gordura

    Um consumo moderado de gorduras diminui o risco de DCV. Evite as gorduras saturadas presentes nos produtos de charcutaria, na manteiga, nas carnes vermelhas, etc.

    Gordura saturada e gorduras trans aumentam os níveis de LDL-colesterol (“mau colesterol”) no sangue e aumentam o risco de DCV. Diminua o seu consumo!

    4. Consuma peixe regularmente

    O peixe é rico em ácidos gordos polinsaturados omega-3 benéficos para a saúde cardiovascular. Alterne o seu consumo com o de carnes brancas.

    Gordura insaturada, nomeadamente os ácidos gordos omega 3, pode proteger a saúde cardiovascular. Contudo, tem a mesma quantidade de energia que as restantes, pelo que pode fazê-lo ganhar peso, que é um factor de risco. Tenha um consumo moderado!

    5. Ingira mais fibra

    A fibra ajuda a baixar os níveis de colesterol do sangue, a controlar os níveis de açúcar no sangue e a manter um peso saudável, pelo que previne a DCV.

    6. Limite o consumo de álcool

    A mulher e o homem não devem consumir mais de uma e duas porções de bebida alcoólica por dia, respectivamente. Uma porção contém 10 g de álcool (etanol), que corresponde a 250 ml de cerveja, um copo de 100 ml de vinho ou 25 ml de whisky.

    7. Pratique actividade física regularmente

    Aproveite todas as oportunidades para se mexer mais, como usar as escadas em vez do elevador, andar a pé, trabalho doméstico, etc.

    8. Não fume

    Se fuma, deixe de fumar! Os compostos tóxicos do fumo são prejudiciais à saúde. Não ponha em risco as pessoas que estão à sua volta.

    9. Cuide de si

    Mantenha um peso saudável, controle os níveis de colesterol do sangue e meça a tensão arterial regularmente

    10. Encoraje a sua família a adoptar um estilo de vida saudável


    Fonte: Nestlé

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Doença Celíaca




O que é a Doença celíaca?

A doença celíaca (sprue não tropical, enteropatia por glúten, sprue celíaco) é uma perturbação causada por uma reacção de hipersensibilidade ao glúten, proteína específica de alguns cereais ( trigo, aveia, centeio, cevada e malte). A doença manifesta-se em indivíduos geneticamente susceptíveis e mantém-se por toda a vida. Esta manifestação pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais frequente nas crianças entre os 9 e os 36 meses de idade, durante a introdução de novos alimentos na dieta.

O único tratamento possível é uma alimentação livre de glúten, durante toda a vida do doente celíaco.

Quem tem maior predisposição para a doença?

A doença manifesta-se em qualquer idade, mas é mais frequente nas crianças entre os 9 e os 36 meses, quando sujeitas a uma alimentação com glúten, como pães, massas, certas papas, bolachas e biscoitos. Para as manifestações tardias tardias, já na fase adulta, os médicos ainda não chegaram a grandes conclusões. Sabe-se apenas que, entre os principais factores que desencadeiam a doença, está a predisposição genética.

O celíaco produz anticorpos anti-gliadina (contra o glúten) que fazem com que a mucosa intestinal atrofie. A superfície lisa resultante não tem capacidade de digerir e absorver adequadamente os nutrientes.



Conheça os sintomas

Nas crianças:

  • Diarreia
  • Vómitos
  • Perda de apetite
  • Perda de peso
  • Distensão abdominal
  • Atraso no crescimento
  • Má absorção
  • Irritabilidade/Tristeza

Nos adultos:

  • Cansaço e fraqueza generalizada (astenia)
  • Perda de peso
  • Diarreia ou prisão de ventre crónica
  • Flatulência
  • Aftas recorrentes
  • Anemia
  • Infertilidade, alteração do ciclo menstrual ou abortos sem causa aparente
  • Dores ósseas

Diagnóstico

O médico suspeita de doença celíaca quando se vê perante uma criança pálida, nádegas atróficas e ventre proeminente, apesar de ter uma alimentação adequada (sobretudo se existir uma história familiar de doença). O diagnóstico pode ser auxiliado por exames radiológicos e de laboratório. Por vezes é útil uma análise laboratorial que meça a absorção de xilose, um açúcar simples. A confirmação do diagnóstico faz-se por meio de uma biopsia que mostra um revestimento achatado do intestino delgado e que, após sujeito a uma dieta sem glúten, retoma a aparência normal.



Tratamento

O glúten deve ser totalmente excluído da dieta por toda a vida, pois os sintomas podem surgir mesmo com quantidades mínimas desta proteína.

Uma dieta sem glúten é aquela em que excluímos todos os cereais que o contêm seus derivados. Os cereais que contêm glúten são:

  • Trigo
  • Cevada (apesar de pequenas quantidades não parecerem ter efeito negativo)
  • Centeio
  • Aveia

Siga os nossos conselhos

Retire totalmente o glúten da sua dieta

É essencial ler atentamente as listas de ingredientesnas embalagens de alimentos;

É essencial excluir os produtos que contenham trigo, centeio, aveia ou amidos não definidos.

É uma dieta muito restritiva, porque exclui um grande número de produtos fabricados comercialmente. A principal regra é: NA DÚVIDA, NÃO COMA.

Procure alguns sites de doentes celíacos para partilhar as suas dúvidas e descobrir novas receitas culinárias

Consulte um médico, mas também um nutricionista (depois de diagnosticada a doença)

Procure alguns alimentos especiais para celíacos, em supermercados, farmácias, lojas dietéticas, etc.

Alimentos proibidos

Leite – bebidas lácteas aromatizadas

Produtos lácteos – preparados industriais (cremes, sobremesas)

Queijo – queijos creme e queijos tipo roquefort

Carne – todas as carnes processadas – salsichas, fiambre, carnes panadas

Peixe – qualquer um panado ou coberto de farinha ou pão ralado

Ovos – merengues preparados industrialmente

Produtos especiais – produtos light ou magros (geralmente nestes produtos a gordura é substituída por amidos)

Cereais – trigo e todos os seus derivados (massa, sêmola, ravioli, pastéis, bolos, pizzas, panquecas, biscoitos, doces e aromatizados, etc), todos os produtos de padaria; cevada, farinha e cerveja; centeio, pão e farinha; aveia, farinhas, flocos, paras e muesli

Amidos– produtos de batata preparados industrialmente (purés)

Fruta – figos secos, frutas cristalizadas

Produtos açucarados– açúcar em pó, produtos cobertos de açúcar, nougat, gelados, chocolates, bebidas achocolatadas

Condimentos– todos os molhos e condimentos preparados industrialmente

Diversos– qualquer produto que contenha qualquer forma de amido

O doente celíaco deve ainda ter cuidado com alguns produtos farmacêuticos que podem conter glúten

Que cereais devem ser excluídos da alimentação em caso de intolerância ao glúten?

Coma apenas alimentos que não contenham trigo, aveia, cevada ou centeio. Estes podem ser substituídos por arroz, soja ou milho.

Por quanto tempo a dieta deve ser seguida?

A dieta deve ser seguida indefinidamente. Sem tratamento a má absorção de nutrientes resulta numa subnutrição. Após 2 anos de uma dieta muito rigorosa, é possível reintroduzir o glúten e ver se já é melhor tolerado. No entanto, isto só pode ser feito sob vigilância médica.

Quais os sintomas mais óbvios da intolerância ao glúten, na criança?

No bebé, os sintomas são diarreia, distensão abdominal, vómitos e atraso no crescimento. As fezes moles e volumosas são também um indício da má absorção. O bebé mostra-se geralmente triste, apático, embora continue com apetite. Em caso de dúvida, consulte o seu médico.

Existe algum risco de ingestão de glúten, que não seja através da alimentação?

Alguns medicamentos farmacêuticos contêm glúten. Como precaução, avise sempre o seu médico da alergia7intolerância a esta proteína.

Onde posso encontrar alimentos especiais para celíacos?

Alguns supermercados comercializam produtos destinados a uma alimentação especial como a do doente celíaco, no entanto, estes produtos geralmente, são mais facilmente encontrados em lojas de produtos dietéticos.

Os alimentos especiais para celíacos são mais caros?

A desvantagem de comprar esse tipo de alimentos é o facto de serem mais caros, por isso procure escolher criteriosamente os alimentos que valem mesmo a pena comprar. Os nutricionistas aconselham o consumo de alimentos comuns, desde que livres de glúten.

A Doença celíaca é contagiosa?

Falso. Apesar dos factores pelos quais a doença se desenvolve estarem ainda em estudo, sabe-se que não é contagiosa, mas sim resultante de uma predisposição genética.

Fonte: Nestlé

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Intolerância à Lactose




O que é a intolerância à lactose?

A intolerância à lactose corresponde à produção insuficiente ou nula de lactase, uma enzima essencial no processo de digestão da lactose e que é produzida pelas células do intestino delgado. Isto resulta numa incapacidade de digerir quantidades significativas de lactose, o principal açúcar do leite e seus derivados, levando a sintomas característicos.

É de notar que nem todas as pessoas com produção insuficiente de lactase apresentam os sintomas característicos da intolerância à lactose.



Conheça os sintomas

  • Náuseas
  • Cólicas
  • Inchaço abdominal
  • Flatulência
  • Diarreia

Os sintomas variam de fracos a severos e começam cerca de 30 minutos a 2 horas após a ingestão de alimentos ou bebidas que contenham lactose. A severidade depende de muitos factores, incluindo a quantidade de lactose que cada um consegue tolerar bem como idade, etnia e tempo de digestão habitual.


O que causa a intolerância à lactose?

deficiência primária de lactase é uma condição que se vai desenvolvendo ao longo dos anos. A produção da enzima ronda os 90% durante os primeiros 4 anos de vida, no entanto o declínio exacto ao longo do tempo, varia extensamente.

deficiência secundária de lactase ocorre quando ocorrem danos no intestino delgado ou no contexto de algumas patologias digestivas, como a doença celíaca, doença inflamatória intestinal e doença de Crohn.


Quem está em risco?

Cerca de 30 a 50 milhões de americanos são intolerantes e algumas etnias e raças são mais afectadas que outras. Mais de 80% dos afro-americanos, 80 a 100% dos indio-americanos e 90 a 100% dos asiático-americanos são intolerantes à lactose. Esta condição é menos comum nos descendentes do norte da Europa.


Diagnóstico

É particularmente difícil fazer um diagnóstico baseado apenas nos sintomas porque, muitas vezes, as pessoas manifestam este tipo de sintomatologia mas como resultado de outros problemas intestinais ou do consumo de alimentos que causam alguma irritação no intestino delgado.

Os médicos usam testes específicos de diagnóstico, mas antes recomendam a eliminação do leite de vaca da dieta, para saber se os sintomas desaparecem.


Tratamento

Não existe nenhum tratamento que aumente a produção de lactase, mas os sintomas podem ser controlados através da dieta. Crianças com deficiência de lactase não devem consumir fórmulas ou alimentos que contenham lactose, até tolerarem a digestão deste açúcar. A maioria das outras crianças ou adultos não necessitam de remover completamente a lactose da sua dieta, no entanto, não existem quantidades específicas a serem consumidas por dia. A tolerância é variável entre indivíduos e num mesmo indivíduo, ao longo do tempo.

Aqueles que reagem mal, mesmo a quantidades muito pequenas de lactose, devem dirigir-se a um médico.

Siga os nossos conselhos

Procure alimentos livres de lactose ou com baixo teor neste açúcar (substitutos de leite como as bebidas de soja, leite de arroz, etc)

Procure consumir produtos lácteos, onde o teor de lactose não é tão elevado (como o iogurte, queijo suíço, algumas sobremesas lácteas fermentadas, etc)

Sempre que consumir derivados lácteos, faça-o com moderação, começando por experimentar apenas quantidades muito pequenas e aumentando gradualmente, consoante a sua tolerância

Procure combater a deficiência de cálcio (o leite e derivados são a principal fonte deste mineral) com outros alimentos como as couves, os espinafres, os cereais de pequeno almoço fortificados, o leite de soja fortificado, etc

Esteja atento ao rótulo dos produtos. Analise a composição nutricional dos alimentos e faça uma escolha acertada.

Consulte o seu médico se sentir alguns ou todos os sintomas anteriormente descritos


O nutricionista responde...

Nunca mais posso beber leite?

Falso. Como foi dito anteriormente, a tolerância de cada um é variável, ou seja, alguns indivíduos raramente têm sintomas, enquanto que outros manifestam a sintomatologia após a ingestão de algumas gotas de leite. Se este for o seu caso, provavelmente terá de abdicar do leite, mas se não, caberá a si descobrir qual a quantidade de lactose que o seu organismo tolera.

Ter uma alimentação rica em leite causa intolerância à lactose?

Falso. A investigação científica diz-nos que esta é uma condição genética. Não se desenvolve como consequência de um consumo excessivo de leite ou produtos lácteos.

A intolerância à lactose é contagiosa?

Falso. Apesar dos mecanismos exactos pelos quais a doença se desenvolve estarem ainda por esclarecer completamente, sabe-se que não é contagiosa.

A intolerância à lactose torna-me mais magro?

Falso. O consumo de lactose num indivíduo intolerante pode levar a uma digestão incompleta do açúcar e, consequentemente, a problemas intestinais como diarreia. Nestas condições, o indivíduo pode perder peso, mas seguindo uma alimentação cuidada, isso não acontece. Basta limitar o consumo de lactose.


Fonte: Nestlé

terça-feira, 26 de maio de 2009

Alimentação no Verão




Sol, calor e... diferentes necessidades nutriciona

Além dos factores individuais como a idade, o peso e a actividade física desenvolvida, também a temperatura ambiente influencia as necessidades nutricionais de cada um de nós. 

Segundo alguns estudos, a temperatura ambiente ideal para o ser humano situa-se entre os 18 e os 22ºC. Durante o Inverno, mesmo em climas temperados como é o nosso, as temperaturas exteriores descem de forma significativa e o nosso organismo faz um esforço maior para manter os 36ºC de temperatura interna. Esse processo gasta energia (calorias) que o organismo recebe através dos alimentos e por isso durante o Inverno acabamos por comer mais e normalmente alimentos mais calóricos para compensar esse gasto extra. Quando chega o Verão passa-se exactamente o contrário: sobem consideravelmente as temperaturas a que estamos expostos e deixamos de necessitar de tantas calorias o que se reflecte no nosso próprio apetite e no tipo de alimentos que nos apetecem. Mais saladas, mais hortícolas, mais fruta, menos gorduras e alimentos menos calóricos de uma forma geral são as opções mais adequadas nesta época do ano. 

Menos calorias e mais água!
Se por um lado as temperaturas mais altas requerem menos calorias por outro aumentam as necessidades de água. A água é um dos principais responsáveis pela manutenção da temperatura corporal e com o calor as perdas são bastante maiores. Por isso, é essencial aumentar a ingestão total de água, não só como bebida mas também outras fontes importantes como os produtos hortícolas, as frutas e porque não, a sopa. Dê particular atenção a crianças e idosos que estão em maior risco de desidratação e que muitas vezes não tem a correcta percepção de sede ou não sabem manifestá-la.

Dicas para aumentar a ingestão de água

1.Comece o dia com um copo de água antes do pequeno-almoço;
2.Encontre formas de se lembrar de beber água ao longo do dia: sempre que regressa à toalha depois de um banho refrescante, sempre que vê as horas, sempre que se vira na toalha, sempre que põe ou retoca o protector solar...
3.consuma sopa, por exemplo ao jantar, depois de voltar da praia. E se é daquelas pessoas que acha que a sopa é só para o Inverno experimente sopas frias e vai ver que não se arrepende. 

Com tanto calor apetece mesmo um gelado!

Os gelados fazem parte do prazer do tempo mais quente embora muitas vezes sejam vistos como inimigos da linha. A verdade é que os gelados também têm ingredientes muito interessantes do vista nutricional como o leite, a fruta e até o chocolate porque não e hoje em dia é possível encontrar gelados em porções mais pequenas ou sem adição de açúcares o que lhe reduz o valor calórico e permite um consumo mais regular. E além do mais pode sempre aumentar a sua actividade física durante as férias aproveitando o bom tempo para caminhar ou andar de bicicleta. Assim até vai poder comer o seu gelado favorito mais vezes!

As refeições fora de casa

Fora de casa e se não pode ir a um restaurante opte por refeições ligeiras e faça um piquenique. Não se esqueça que uma sanduíche pode ser tão equilibrada como uma refeição de prato, contemplando os mesmos grupos da Roda dos Alimentos: 
1. prefira pão integral ou de mistura;
2. inclua carne assada, frango, ovo ou outro alimento deste grupo;
3. não se esqueça das saladas: alface, tomate, cenoura e tudo o mais que a sua imaginação sugerir;
4. evite abusar dos molhos ou opte por versões com menos gordura;
5. cuidado com as bebidas ricas em açúcares e abuse da água!

Se continua a preferir uma refeição de prato aposte nas saladas ou legumes cozinhados e no peixe tirando partido da riqueza da diversidade de pratos de peixe que caracteriza a nossa gastronomia.

Por último, desfrute da enorme variedade de alimentos da época nestes grupos de alimentos e dê cor à sua alimentação e à sua saúde!

Boas férias!

Fonte: Nestlé